Campeonato brasileiro de Breaking e algumas informações sobre os Jogos
Campeonato brasileiro de Breaking e algumas informações sobre os Jogos
A partir do dia de hoje (18/11) até sábado, o CNDD (Conselho Nacional de Dança Desportiva) organiza a primeira edição de seu campeonato nacional de Breaking. O evento é uma das formas de divulgar e inserir b-boys e b-girls no universo esportivo da modalidade.
A competição contará com duas categorias, sendo elas feminina e masculina. Ao todo, 16 atletas de cada grupo serão selecionados na sexta-feira, eles integrarão o chaveamento do campeonato que seguirá o formato tradicional das batalhas de dança.
Eventos desse porte são uma das maneiras que o CNDD encontrou de revelar quais serão os atletas que tem os melhores resultados e que por isso estarão mais aptos a formar o time oficial.
Para dançarinos, pessoas estudiosas e curiosos sobre o processo de esportificação, a competição também é propicia para conhecer o formato de julgamento que será orientado pelo padrão olímpico que tem o triviun como sistema de rankeamento. Ele é seguro e o vencedor e vencedora são elegidos pela análise comparativa durante as rodadas.
Um breve resumo de seu funcionamento…
Formulado por Niels Robitzky, mundialmente conhecido como b-boy Storm, o sistema de julgamento do Breaking nas Olimpíadas de 2024 tem um modelo holístico composto pelas categorias: Body, Mind e Soul.
Uma das maiores questões que estão e aparecem em campo é a angústia que muitos dançarinos e amantes da cultura Hip Hop tem de se perder os valores culturais ao longo do processo de esportificação. De forma a sanar esse medo, os idealizadores do projeto de julgamento criaram o Trivium Value System que é um dispositivo digital que garante mais justiça e transparência na hora de definir o vencedor e a vencedora de uma batalha olímpica.
A ideia é que as categorias “Corpo”, “Alma” e “Mente” comportem subgrupos cujas somatórias equivalem 100% ao final de cada rodada. Sendo elas:
Physical: Técnica (20%) e variedade (13,33%) – Qualidade física.
Soul: Performance (20%) e musicalidade (13,33%) – Qualidade criativa.
Mind: Criatividade (20%) e personalidade (13,33%) – Qualidade interpretativa.
Há, ainda, alguns botões específicos para pontuar escorregões e falhas dos atletas que estiverem competindo.
Diferentemente do que estamos habituados em eventos olímpicos, o sistema de julgamento do Breaking não será baseado em pontuação de um conjunto de movimentos pradonizados e prescritivos.
O método baseia-se em algo mais descritivo em que os jurados irão comparar o desempenho de cada b-boy e b-girl. O sistema permite que os atletas e o público saibam quem está se saindo melhor na primeira rodada. Segundo Storm, essa é uma maneira muito interessante de engajar a torcida e de aumentar a tensão e a emoção dos competidores e espectadores em Jogo.
Algumas faltas durante o Jogo…
Atletas correm o risco de perder sua vaga na competição olímpica se receberem três advertências. Entre todas, algumas delas são:
– Contato proposital com o adversário
– Desrespeito verbal e físico
E quem são os jurados das competições?
Algo muito comum e frequente em eventos competitivos de dança, as batalhas, são os rumores que a escolha de um vencedor é enviesada pelo favoritismo. Para evitar que isso ocorra, a WDSF (World DanceSport Federation) lançou um curso preparatório para compor o time de árbitros. Aqui no Brasil, segundo interlocutores, para ingressar como um membro da seleção brasileira de arbitragem, é preciso declarar a quanto tempo se é b-boy ou b-girl, fazer o curso e passar pelo processo de seleção que é composto por uma prova de conhecimentos específicos.
O evento de sexta-feira e sábado trará a nós, público entusiasta e aos atletas, uma primeira experiência oficial dos Jogos de 2024. Que tal conhecer os e as possíveis atletas do primeiro time de Breaking do Brasil?
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